segunda-feira, 14 de março de 2011

Caminhando para um relacionamento D/s feliz

Caminhando para um relacionamento D/s feliz

Relacionamentos envolvendo Dominação / submissão são de um sensível equilíbrio para que se vejam estabelecidos de forma completa. É um processo que tem início de formas variadas, com cada caso tendo as suas particularidades, porém com pontos em comum.
Superados os primeiros contatos (normalmente virtuais) e conseguidas as definições de objetivos principais comuns, é preciso que se estabeleça o DIÁLOGO.

Para quem viveu até então em um ambiente de fantasias, isso pode ser frustrante, por significar um retardamento da PRÁTICA, mas é um período fundamental, pois partir para a realização de fantasias com a pessoa errada, certamente é o caminho da frustração, e conseguir uma realização prática muito diferente daquela que foi sonhada.
Quem sempre viu os relacionamentos de Dominação / submissão (D/s) de fora, sempre os vê de forma INTENSA, PERFEITA e PRONTA. Porém, a realidade não é assim. Como em uma peça de teatro, onde o público assiste o resultado de muitos ensaios, trabalho árduo de bastidores, também é assim aqui.

Para que se chegue a um resultado satisfatório será preciso muita conversa, diálogo, troca de opiniões e conhecimento técnico sobre práticas, que é o equivalente aos ENSAIOS, os “laboratórios”, as pesquisas feitas para se compor um personagem.
Trata-se de uma analogia que poderia ser feita com a grande maioria das atividades profissionais, nas quais sempre é preciso uma preparação e esta preparação em nosso caso, se dá conhecendo um ao outro.
Uma visão distorcida comum é que uma vez dentro do ambiente de convivência das relações D/s, não cabe qualquer questionamento à quem se intitula “dom”, “mestre”, “rainha”, “lorde” ou qualquer outro denominação que implique em mostrar sua condição de dominante do interlocutor.
Esta premissa tão difundida FORA do meio precisa ser desmistificada e todos necessitam compreender o quanto é SAUDÁVEL se questionar a quem não se conhece. O quanto fará BEM a ambos que se possa ir adiante com todas as dúvidas esclarecidas.
E isso nada tem de DESRESPEITO, porque quem teme o DIÁLOGO ou mesmo teme ser questionado, não merece confiança.
Algumas pessoas poderiam questionar se todo este diálogo e questionamento não tirariam o caráter D/s da relação.
Digo que não. Porque a relação D/s mesmo não se estabelece até que seja superada esta fase de questionamentos e diálogo. Só após esta fase que a CONFIANÇA passa a reinar e aí sim, podemos falar em uma relação D/s. Essa capacidade de comunicação nada tem a ver com uma distorção de quem MANDA NA RELAÇÃO, porque até que a relação esteja estabelecida, o poder ainda não foi entregue às mãos do TOP.
Por isso é que nos primeiros contatos, mais do que conhecer o Dominador ou a submissa, as pessoas irão conhecer os SERES HUMANOS. E há que se ter em mente que estamos lidando aqui com uma atividade erótica na qual se estimula intensamente o corpo e desenvolve-se uma nova concepção, que amplia em muito o conceito do sexo tradicional, para uma gama enorme de prazeres possíveis.
Serão conhecidos aspectos novos ou escondidos da própria personalidade, um grande exercício de auto-conhecimento e se em suas vidas tradicionais, a maior parte das pessoas é extremamente criteriosa na escolha daqueles com quem irão dividir suas camas, ao ingressarem em um meio onde a intensidade deste envolvimento é muito maior, é preciso que se afastem do mito que só encontrarão pessoas extremamente capazes, éticas e honestas.
Nas relações D/s, mais do que em qualquer outra, é imprescindível uma observação cuidadosa e sem pressa de com quem nos relacionamos.
O que vale é o BOM SENSO, a BOA EDUCAÇÃO, a GENTILEZA, e isso que seria o BÁSICO das boas relações SOCIAIS, nem sempre está presente.
Hoje, com tudo o que vivemos com a internet, a divulgação mais veloz e ampla de vários conceitos e idéias, a possibilidade do anonimato virtual, com a capacidade que existe de se enganar sobre coisas que seriam primordiais em uma relação pessoal real (como a IDENTIDADE da pessoa com quem você se relaciona), acho que é prudente relembrar a importância de:


- Saber que estamos tratando com alguém REAL, correspondente ao que diz ser, por exemplo: se aquele que se diz homem, realmente o é; se quem se diz mulher realmente o é; se a sub é sub e até mesmo se o Top é Top, pois como já tratei em post anterior, existem Tops que são portadores de diversos e-mails, um como Dom, outro como Domme, outro como escravo, outro como submissa... e assim vai.
- Conhecer os OBJETIVOS desta pessoa, assim como deixar claro os próprios objetivos, para saber que ambos querem atingir objetivos similares na relação.
- Ter no mínimo uma NOÇÃO de quem é esta pessoa e seu CARÁTER.
- Sempre existir um canal de comunicação livre, nunca sendo restrito qualquer questionamento.


Por hoje é só!
Que o GADU esteja com vocês!
.'.HERR THOR.'.

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